Qualquer vivia em uma como cidade
(com sinos abaixo tão flutuantes acima)
flores calor outono e frio
cantava seu sem dançava seu com
Mulheres e homens (os itos e os inhos)
nem queriam saber de qualquer
plantavam o não-ser colhiam seu mesmo
sol lua estrelas e chuva
Crianças supunham (mas só umas poucas
e p'ra baixo esqueciam ao p'ra cima crescer
outono frio flores calor)
que ninguém o amava mais por mais
Ela quando por já e planta por folha
dele ria a alegria carpia o pesar
ave por neve e ande por pare
o qualquer de qualquer era tudo para ela
Alguéns desposavam seus tudos
deles riam os choros cantavam a dança
(dormir acordar esperar e então)
diziam seus nuncas dormiam seus sonhos
Estrelas chuvas sol e lua
(e só essa neve começa a explicar
como crianças podem se esquecer de lembrar
com sinos abaixo tão flutuantes acima)
Um dia morreu qualquer eu acho
(e ninguém se abaixou para sua face beijar)
gente de afã os enterrou lado a lado
pouco a pouco e foi a foi
Tudo por tudo e fundo por fundo
e mais por mais eles sonham seu sono
qualquer e ninguém terra por flores
desejo por alma e o se pelo sim
Mulheres e homens (os dins e os dãos)
calor outono frio e flores
colheram o plantado e foram sua volta
sol lua estrelas e chuva.
e. e. cummings
(trad. Julio Pinto de (anyone lived in a pretty how town))
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