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quarta-feira, 16 de abril de 2008

Nossa jovem miséria

"A cidade, com suas fumaças e ruídos de ofícios, nos seguia tão longe nos caminhos. Ó outro mundo, morada abençoada por céu e sombras ! O vento Sul me fez lembrar miseráveis incidentes de infância, meus desesperos de verão, a horrível quantidade de força e de ciência que o destino sempre afastou de mim. Não! não passaremos o verão neste país mesquinho onde nada mais seremos que noivos órfãos. Quero que este braço teso não arraste mais uma imagem querida."

Arthur Rimbaud

Baixe o livro: Arthur Rimbaud - Illuminuras

Fonte: 4Shared

segunda-feira, 24 de março de 2008

Os admiradores corrompem

"- O brasileiro não está preparado para ser "o maior do mundo" em coisa nenhuma. Ser "o maior do mundo" em qualquer coisa, mesmo em cuspe à distância, implica uma grave, pesada e sufocante responsabilidade."

"Outro dia ouvi um pai dizer, radiante: — "Eu vi pílulas anticoncepcionais na bolsa da minha filha de doze anos!". Estava satisfeito, com o olho rútilo. Veja você que paspalhão!"

"- A grande vaia é mil vezes mais forte, mais poderosa, mais nobre do que a grande apoteose. Os admiradores corrompem."

Baixe: Coletânea Nelson Rodrigues

Fonte: 4Shared

Conteúdo:
O beijo no asfalto / Lua de Mel / Misericórdia
Mudança / Novo parto / O amor imortal
Frases / O beijo / O canalha
Obsessão / A festa / O medo
O decote / O Pai / A esposa
Pecadora / A filha / O defunto
O desgraçado / O idilio / O Pediatra
O velho / O vestido de noiva / Os noivos
Problema matrimonial / Sofrimento / Teoria
Um dia sem assaltos / O inocente / O ladrão

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Livro dos sonhos

"Quando o corpo repousa em plena digestão e não necessita de nada até o momento de despertar, nossa alma se eleva até sua verdadeira pátria, que é o céu. Ali recebe a participação de sua primitiva origem divina e na contemplação daquela infinita e intelectual esfera (cujo centro se encontra em algum lugar do universo, ponto central que reside em Deus segundo a doutrina de Hermes Trismegisto, e a qual nada altera e na qual nada ocorre, pois todos os tempos se desenvolvem no presente) capta não apenas os acontecimentos das camadas inferiores, mas também os futuros, transmitindo-os ao seu corpo através de seus órgãos sensíveis. Dada à fragilidade e à imperfeição do corpo que os captou, não pode transmiti-los fielmente. Cabe aos intérpretes e vaticinadores de sonhos, os gregos, aprofundar-se em tão importante matéria. Heráclito dizia que a interpretação dos sonhos não é para ficar oculta, pois nos dá o significado e normas gerais das coisas do futuro, para nossa sorte ou desgraça. Anfiarao estabeleceu que não se deve beber durante três dias nem comer durante um antes dos sonhos. Estômago cheio, má espiritualidade."

Baixe o livro: Livro dos sonhos - Jorge Luis Borges

Fonte: PDL

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O Partidão

Baixe o livro: 1984 – George Orwell

“O Partido não poderia ser derribado de dentro. Seus inimigos, se é que tinha inimigos, não tinham modo de se reunir, nem mesmo de se identificar. Mesmo que existisse a legendária Fraternidade, como era possível que existisse, era inconcebível que os seus membros pudessem jamais se reunir em grupos maiores que dois ou três.”

Baixe o livro: 1984 – George Orwell


Fonte: 4shared

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A igualdade não pode existir em lugar nenhum


Baixe o livro - A Crise do Mundo Moderno - René Guénon

"Como foi dito há pouco, já ninguém se encontra, no presente estado do Mundo ocidental, no lugar que lhe convém normalmente em virtude da sua própria natureza. É isso que exprimimos ao dizer que as castas já não existem, porque a casta, entendida no seu verdadeiro sentido tradicional, é simplesmente a própria natureza individual, com todo o conjunto das aptidões especiais que ela comporta e que predispõem cada homem ao cumprimento desta ou daquela função determinada. Como o acesso a certas funções já não se encontra submetido a qualquer regra legítima, daí resulta, inevitavelmente, que cada um será levado a fazer seja o que for e, muitas vezes, precisamente aquilo para o que se encontra menos qualificado. O papel que desempenhará na sociedade será determinado não pelo acaso, que na realidade não existe, mas pelo que pode dar a ilusão do acaso, ou seja, pela confusão de todas as espécies de circunstâncias acidentais. O que intervirá menos aí será precisamente o único fator que deveria contar em semelhante caso, isto é, as diferenças de natureza que existem entre os homens. A causa de toda esta desordem é a negação dessas mesmas diferenças, arrastando consigo a de toda a hierarquia social. Tal negação foi, a princípio, talvez pouco consciente e mais prática que teórica, porque a confusão das castas precedeu a sua supressão completa ou, por outras palavras, desprezou-se a natureza dos indivíduos antes de se chegar a ponto de não fazer qualquer caso dela. Mais tarde, no entanto, ela foi erigida pelos modernos em pseudo-princípio sob nome de “igualdade”.

Seria muito fácil mostrar que a igualdade não pode existir em lugar nenhum, pela simples razão de que não poderia haver dois seres que fossem ao mesmo tempo realmente distintos e inteiramente semelhantes entre si sob todos os aspectos. Seria fácil também salientar todas as conseqüências absurdas que decorrem dessa idéia quimérica, em nome da qual se pretende impor por toda parte uma completa uniformidade, por exemplo distribuindo a todos ensino idêntico, como se todos fossem igualmente aptos a compreender as mesmas coisas e como se para as fazer compreender os mesmos métodos conviessem a todos indistintamente. Pode-se, aliás, perguntar se não se trata mais de “aprender” do que de “compreender” realmente, ou seja, se a memória não é substituta da inteligência na concepção inteiramente verbal e “livresca” do ensino atual, em que se visa apenas a acumulação de noções rudimentares e heteróclitas, e em que a qualidade é inteiramente sacrificada à quantidade, tal como se produz por toda a parte, no Mundo Moderno, por razões que explicarei mais completamente a seguir: é sempre a dispersão na multiplicidade.

Haveria, a este respeito, muitas coisas a dizer acerca dos malefícios do “ensino obrigatório”; mas este não é o lugar para insistir nesse aspecto, e, para não sair do quadro traçado, contento-me em assinalar de passagem essa conseqüência especial das teorias “igualitárias”, como um dos numerosos elementos de desordem atuais.

Naturalmente, quando nos encontramos em presença de uma idéia como a de “igualdade” ou como a de “progresso”, ou como os outros “dogmas laicos” que quase todos os nossos contemporâneos aceitam cegamente, e a maior parte dos quais começou a se formular claramente no decorrer do século 18, não nos é possível admitir que tais idéias tenham nascido espontaneamente. Tratase de verdadeiras “sugestões” no sentido mais estrito desta palavra, que, aliás, não podiam produzir o seu efeito senão num meio já preparado para recebê-las; elas não criaram inteiramente o estado de espírito que caracteriza a época moderna, mas contribuíram largamente para o criar e desenvolver até um ponto que sem dúvida não teria alcançado sem elas. Se estas sugestões desaparecessem, a mentalidade geral estaria muito perto de mudar de orientação; é por isso que elas são tão cuidadosamente sustentadas por todos aqueles que têm qualquer interesse em manter a desordem, senão em agravá-la ainda mais, e é também a razão pela qual, numa época em que se pretende submeter tudo à discussão, elas são as únicas coisas que nunca é permitido discutir. É, aliás, difícil determinar exatamente o grau de sinceridade daqueles que se fazem propagadores de semelhantes idéias, saber em que medida certos homens chegam a agarrar-se às suas próprias mentiras e a sugestionar-se a si próprios sugestionando os outros; e mesmo numa propaganda deste tipo aqueles que desempenham um papel de enganados são muitas vezes os melhores instrumentos, porque lhe dão uma convicção que os outros teriam alguma dificuldade em simular e que é facilmente contagiosa. Mas por detrás de tudo isso, e pelo menos na origem, é necessária uma ação muito mais consciente, uma direção que só pode provir de homens que sabem perfeitamente a que se referem as idéias que eles assim põem a circular. Falo de “idéias”, mas tal palavra só impropriamente pode ser aplicada neste caso, porque é bem evidente que não se trata de modo algum de idéias puras, nem mesmo de algo que pertença de perto ou de longe à ordem intelectual. Pode-se dizer que são idéias falsas, mas mais valeria ainda chamar-lhes “pseudo-idéias” destinadas principalmente a provocar reações sentimentais, o que é efetivamente o meio mais eficaz e mais fácil para agir sobre as massas.

Neste aspecto, a palavra tem, aliás, uma importância maior do que a noção que supostamente representa e, na sua maior parte, os “ídolos” modernos não passam de palavras, porque se produz neste caso esse singular fenômeno conhecido pelo nome de “verbalismo”, em que a sonoridade das palavras basta para dar a ilusão do pensamento. A influência que os oradores exercem sobre as multidões é particularmente característica sob este aspecto, e não há necessidade de estudá-la de muito perto para se dar conta que se trata de um processo de sugestão comparável ao dos hipnotizadores. Mas, sem estender mais estas considerações, voltemos às conseqüências que traz consigo a negação de toda verdadeira hierarquia e notemos que, no estado atual das coisas, não apenas um homem só cumpre a sua função própria em casos excepcionais e como por acidente – enquanto é o contrário que deveria normalmente ser a exceção –, mas ainda acontece que o mesmo homem seja chamado a exercer sucessivamente funções todas elas diferentes, como se ele pudesse mudar de aptidões à sua vontade."

René Guénon


Baixe o livro - A Crise do Mundo Moderno - René Guénon


Fonte: Philosophia Perennis

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Contra o culto do método científico


Baixe o livro: Contra o Método - Paul Feyerabend

"É possível, naturalmente, simplificar o meio em que o cientista atua, através da simplificação de seus principais fatores. Afinal de contas, a história da ciência não consiste apenas de fatos e de conclusões retiradas dos fatos. Contém, a par disso, idéias, interpretações de fatos, problemas criados por interpretações conflitantes, erros, e assim por diante. Análise mais profunda mostra que a ciência não conhece ‘fatos nus’, pois os fatos de que tomamos conhecimento já são vistos sob certo ângulo, sendo, em conseqüência, essencialmente ideativos. Se assim é, a história da ciência será tão complexa, caótica, permeada de enganos e diversificada quanto o sejam as idéias que encerra; e essas idéias, por sua por sua vez, serão tão caóticas permeadas de enganos e diversificadas quanto as mentes dos que as inventaram. Inversamente, uma pequena lavagem cerebral muito fará no sentido de tornar a história da ciência mais insípida, mais simples, mais uniforme, mais ‘objetiva’ e mais facilmente accessível a tratamento por meio de regras imutáveis.

A educação científica, tal como hoje a conhecemos, tem precisamente esse objetivo. Simplifica a ciência, simplificando seus elementos: antes de tudo, define-se um campo de pesquisa; esse campo é desligado do resto da História (a Física, por exemplo, é separada da Metafísica e da Teologia) e recebe uma ‘lógica’ própria. Um treinamento completo, nesse tipo de ‘lógica’, leva ao condicionamento dos que trabalham no campo delimitado; isso torna mais uniformes as ações de tais pessoas, ao mesmo tempo em que congela grandes porções do procedimento histórico. ‘Fatos’ estáveis surgem e se mantêm, a despeito das vicissitudes da História. Parte essencial do treinamento, que faz com que fatos dessa espécie apareçam, consiste na tentativa de inibir intuições que possam implicar confusão de fronteiras. A religião da pessoa, por exemplo, ou sua metafísica ou seu senso de humor (seu senso de humor natural e não a jocosidade postiça e sempre desagradável que encontramos em profissões especializadas) devem manter-se inteiramente à parte de sua atividade científica. Sua imaginação vê-se restringida e até sua linguagem deixa de ser própria. E isso penetra a natureza dos ‘fatos’ científicos, que passam a ser vistos como independentes de opinião, de crença ou de formação cultural."


Baixe o livro: Contra o Método - Paul Feyerabend

Fonte: PDL

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O deliberado emburrecimento da América


Baixe o livro(em inglês) : The Deliberate Dumbing Down of America

"O apresentador (agente de transformação) nos ensinou como 'manipular' os contribuintes/país a aceitarem os programas controversos. Ele explicou como identificar os 'resistentes' na comunidade e como contornar a resistência oferecida por eles. Ele nos instruiu a ir aos membros mais respeitados da comunidade: Rotary, Junior League, Little League, YMCA, Historical Society, etc e a manipulá-los para que apoiassem os programas controversos/não acadêmicos e fazer calar os resistentes... Sai desse treinamento - com meu valioso livro-texto, The Change Agent's Guide to Innovations in Education debaixo do braço - sentindo-me enojada e rejeitando totalmente aquilo com que eu tinha me envolvido. Este não era o país em que eu tinha crescido; algo muito perturbador aconteceu entre 1953, quando sai dos EUA, e 1971, quando retornei."


"The presenter (change agent) taught us how to “manipulate” the taxpayers/parents into accepting controversial programs. He explained how to identify the “resisters” in the community and how to get around their resistance. He instructed us in how to go to the highly respected members of the community—those with the Chamber of Commerce, Rotary, Junior League, Little League, YMCA, Historical Society, etc.—to manipulate them into supporting the controversial/non-academic programs and into bad-mouthing the resisters. Advice was also given as to how to get the media to support these programs.

I left this training—with my very valuable textbook, The Change Agent’s Guide to Innovations in Education, under my arm—feeling very sick to my stomach and in complete denial over that in which I had been involved. This was not the nation in which I grew up; something seriously disturbing had happened between 1953 when I left the United States and 1971 when I returned."


Charlotte Thomson Iserbyt


Baixe o livro(em inglês) : The Deliberate Dumbing Down of America


Fonte: deliberatedumbingdown

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

A fim de evitar os costumeiros erros praticados por filósofos menores...

"Na Filosofia moderna, o termo conceito, por influência de Descartes e de Port Royal, foi substituído pelo termo idéia, gerando uma seqüência de confusões que mais serviram para perturbar o pensamento humano que para iluminá-lo."

Baixe o livro: Origem dos Grandes Erros Filosóficos - Mário Ferreira dos Santos

Fonte: 4shared
"Na Filosofia moderna, o termo conceito, por influência de Descartes e de Port Royal, foi substituído pelo termo idéia, gerando uma seqüência de confusões que mais serviram para perturbar o pensamento humano que para iluminá-lo."

Baixe o livro: Origem dos Grandes Erros Filosóficos - Mário Ferreira dos Santos

Fonte: 4shared

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

A sociedade não pensa


Baixe o livro: Ação Humana - Ludwig von Mises

"É sempre o indivíduo que pensa. A sociedade não pensa, da mesma forma que não come nem bebe. A evolução do raciocínio humano, desde o pensamento simples do homem primitivo até o pensamento mais sutil da ciência moderna, ocorreu no seio da sociedade. Não obstante, o pensamento em si é uma façanha individual. Existe ação conjunta, mas não pensamento conjunto. Existe apenas a tradição, que preserva e transmite pensamentos a outros, como um estímulo para sua reflexão. Entrentanto, o homem não tem como se apropriar dos pensamentos de seus precursores, a não ser repensando-os de novo. Só então, partindo da base dos pensamentos de seus predecessores, terá condições de ir mais adiante. O principal veículo da tradição é a palavra. O pensamento está ligado à palavra e vice-versa. Os conceitos estão embutidos em termos. A linguagem é uma ferramenta do pensamento, como também da ação na sociedade."


Baixe o livro: Ação Humana - Ludwig von Mises


Fonte: OrdemLivre

domingo, 9 de dezembro de 2007

Quem é favorável a ditaduras tem sempre em mente a necessidade de dominar todas as vontades

Baixe o livro: Intervencionismo - Ludwig von Mises

“Quem apóia uma ditadura, o faz por achar que o ditador está fazendo o que, na sua opinião, precisa ser feito. Quem é favorável a ditaduras tem sempre em mente a necessidade de dominar todas as vontades, inclusive a sua própria vontade.

Examinemos, por exemplo, o slogan “economia planejada”, que particularmente nos dias de hoje é um pseudônimo de socialismo. Qualquer coisa que as pessoas façam tem que ser primeiramente concebida e nesse sentido planejada. Mas aquele que, como Marx, rejeitam a “produção anárquica” e pretendem substituí-la pelo “planejamento” não consideram a vontade e os planos das outras pessoas. Só uma vontade deve prevalecer, só um plano deve ser implementado, qual seja, aquele que tem a aprovação do neurótico, o plano que ele considera correto, o único plano. Qualquer resistência deve ser subjugada, nada que impeça o pobre neurótico de tentar ordenar o mundo segundo seus planos deve ser permitido – todos os meios que façam prevalecer a suprema sabedoria do sonhador devem ser usados.

Essa é a mentalidade das pessoas que, numa exposição das pinturas de Manet em Paris, exclamavam: a polícia não devia permitir isso! Essa é a mentalidade das pessoas que constantemente clamam: devia haver uma lei contra isso! E, quer eles admitam ou não essa é a mentalidade de todos os intervencionistas, socialistas e defensores das ditaduras. A única coisa que eles odeiam mais do que o capitalismo é o intervencionismo, socialismo ou ditadura que não corresponda à sua vontade. Com que entusiasmo os nazistas e os comunistas lutam entre si! Com que determinação os partidários de Trotsky combatem os de Stalin ou os seguidores de Strasser os de Hitler."


Baixe o livro: Intervencionismo - Ludwig von Mises

Fonte: 4shared

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Karl Marx por Eric Voegelin

Baixe a obra: Karl Marx por Eric Voegelin

"Na raiz da idéia marxiana está uma doença espiritual, a revolta gnóstica de quem se fecha à realidade transcendente. A incapacidade espiritual aliada à vontade mundana de poder provoca o misticismo revolucionário. A proibição das questões metafísicas acerca do fundamento do ser; "Será possível negar Deus e manter a razão?" destrói a ordem da alma. Mas a par desta impotência espiritual há a vitalidade de um intelecto que desenvolve uma especulação fechada. As Teses sobre Feuerbach mostram que o homem marxiano não quer ser uma criatura. Rejeita as tensões da existência que apontam para o mistério da criação. Quer ver o mundo na perspectiva da coincidentia oppositorum, a posição de Deus. Cria um fluxo de existência em que os opostos se transformam uns nos outros. O mundo fechado em que os sujeitos são objectos e os objectos actividades, é talvez o melhor feitiço jamais criado por quem queria ser divino. Temos de levar a sério este dado para compreender a força e a consistência intelectual desta revolta anti-teista."


Baixe a obra: Karl Marx por Eric Voegelin


Fonte: 4shared

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Em Busca de Sentido

"Nós éramos gratos ao destino quando ele nos poupava de sustos, os mínimos que fossem. Já ficávamos contentes quando à noite podíamos catar os piolhos do corpo, antes de nos deitar. Em si, não era uma operação agradável, porque era preciso despir-nos no barracão quase nunca aquecido, em cujo interior, muitas vezes, pendiam do teto estalactites de gelo. Mas nos dávamos por satisfeitos quando, em tal hora, não havia um alarme aéreo que causasse um blecaute e nos impedisse de completar a operação cata-piolho, o que significava metade da noite sem conseguir dormir. É claro que todas essas miseráveis "alegrias" do campo de concentração representavam por excelência uma felicidade no sentido negativo de Schopenhauer, ou seja, uma isenção de sofrimento, e mesmo esta, conforme mostramos acima, apenas em sentido muito relativo."

Baixe o livro: Em Busca de Sentido - Viktor Frankl

domingo, 2 de dezembro de 2007

A estética de Lévi-Strauss

Baixe o livro: A estética de Lévi-Strauss - José Guilherme Merquior

"Já o parelelo entre xamanismo e psicanálise pusera em relevo a defasagem entre a sociedade moderna, senhora de uma tecnologia avançada, e a sociedade primitiva. Com efeito, se o mito é, entre outras coisas, uma tentativa de organização da experiência vivida, e se, além disso, na terapia do xamã tanto quanto na do analista, o doente experimenta sempre uma cristalização afetiva, induzida por certos acontecimentos, que se elaboram "dans le moule d'une structure pré-existente" (L-S, 1958, 224), esta cristalização se constitui, no caso do doente assistido pelo xamã, a partir de um mito "reçu (...) de la tradition collective" ao passo que, no caso do psicanalizado, ela se impõe a "situations remémorées" realmente e individualmente vividas."


Baixe o livro: A estética de Lévi-Strauss - José Guilherme Merquior

Fonte: PDL

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Minha filosofia

Baixe o livro: Cuca fundida - Woody Allen

"Querem saber como comecei a desenvolver minha filosofia? Foi assim: Minha mulher, ao convidar-me para provar o primeiro suflê de sua vida, deixou cair acidentalmente uma fatia dele no meu pé, fraturando com isso diversos artelhos. Médicos foram chamados, raios X tirados e, depois de examinado do tornozelo aos pés, mandaram-me ficar de cama durante um mês. Durante a convalescença, dediquei-me ao estudo dos maiores pensadores ocidentais - uma pilha de livros que eu havia reservado justamente para uma oportunidade dessas. Desprezando a ordem cronológica, comecei por Kierkegaard e Sartre e depois passei rapidamente para Spinoza, Hume, Kafka e Camus. Não me entediei nem um pouco, como supunha. Ao contrário, fiquei fascinado pela lepidez com que esses gênios demoliam a moral, a arte, a ética, a vida e a morte. Lembro-me de minha reação a uma observação (como sempre, luminosa) de Kierkegaard: “Toda relação que se relaciona consigo mesma (ou seja, consigo mesma) deve ter sido constituída por si mesma ou então por outra.” O conceito trouxe lágrimas aos meus olhos. Puxa vida! - pensei - isso é que e ser profundo!"

Baixe o livro: Cuca fundida - Woody Allen

Fonte: PDL

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Olhe-a bem. Já não a verá nunca mais.

Baixe: poemas e contos de Jorge Luis Borges

"- Não pode ser, mas é. O número de páginas deste livro é exatamente infinito. Nenhuma é a primeira; nenhuma, a última. Não sei por que estão numeradas desse modo arbitrário. Talvez para dar a entender que os termos de uma série infinita admitem qualquer número."

Jorge Luis Borges

O livro de areia / Funes, o memorioso / A biblioteca de Babel / O Outro / As coisas / O Livro / Poema dos dons / O forasteiro / etc...


Baixe: poemas e contos de Jorge Luis Borges


Fonte: 4shared

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O kitsch não se interessa pelo insólito, ele fala de imagens-chave, profundamente enraizadas na memória dos homens

Baixe o livro: A Insustentável Leveza do Ser - Milan Kundera

"A primeira revolta interior de Sabina contra o comunismo não tinha uma conotação ética, mas estética. O que a repugnava não era tanto a feiúra do mundo comunista (os castelos convertidos em estábulos), mas a máscara de beleza com que ele se disfarçara, isto é, o kitsch comunista. O modelo desse kitsch era a chamada festa de 1º de maio...

A palavra de ordem tácita e não escrita do desfile não era Viva o comunismo! mas sim Viva a vida! A força e a astúcia da política comunista foi ter se apossado dessa palavra de ordem. Era precisamente essa estúpida tautologia ( Viva a vida ) que levava ao desfile comunista pessoas completamente indiferentes às idéias comunistas."

Baixe o livro: A Insustentável Leveza do Ser - Milan Kundera

Fonte: 4Shared

domingo, 25 de novembro de 2007

Perdoa-me por me traíres

Baixe : Perdoa-me por me traíres - Nelson Rodrigues

"Gilberto - Não, Raul! Quero um lugar em que eu possa gritar, onde eu seja amarrado materialmente! Psicanálise, não. Calmantes, eu quero calmantes! Ou, já sei: malária! Não acredito em psicanálise, mas acredito em febre! Quero que a febre queime os miolos da minha cabeça e, sobretudo isto: não quero pensar. (num crescendo fanático) Não quero, não quero, não quero! (termina num soluço)."


Baixe : Perdoa-me por me traíres - Nelson Rodrigues


Fonte: 4shared


segunda-feira, 19 de novembro de 2007

lógica e dialética

Baixe o livro - Lógica e Dialética - Mario ferreira dos Santos

"Uns objectos residem no espaço e no tempo, como os objectos das ciências naturais; outros, apenas no tempo, como os fenômenos psíquicos, e outros não são nem temporais nem espaciais, como os objectos matemáticos e os da lógica. Essas diferenças exigem métodos diferentes. Por isso, a aplicação do método deductivo na física, como o fêz Descartes, não poderia dar os resultados esperados, pois a contextura dos fenômenos físicos não é apenas matemática. Também a aplicação do método experimental, na Psicologia, não apreendeu senão parte dos fenômenos psicológicos, porque a vida é rebelde a toda sistematização. A predominância de uma das ordens energéticas, a da intensidade ou a da extensidade, exige a aplicação de métodos diferentes."


Mario Ferreira dos Santos


Baixe o livro - Lógica e Dialética - Mario Ferreira dos Santos

ebook - tropa de elite

"A população reclama da gente porque acha que é muito fácil manter a ordem na cidade. Mal sabe que, enquanto o jantar está sendo saboreado em família, na frente da televisão, no conforto do lar, do outro lado, no submundo, muito sangue está correndo, o nosso e o dos vagabundos."


Baixe o livro - Tropa de Elite


Fonte: Forum-Invaders