Melancolia
Sombras azuladas. Oh, olhos de mágoa
Que olham longamente ao deslizar.
Guitarras nos Jardins, a acompanhar
O outono e a dissolver-se em escuras águas.
Duras trevas da morte, construídas
Por mãos nínficas, rubros seios sugados
Por podres lábios, e os cabelos molhados
do lovem nas águas enegrecidas
Melacoli
Bläuliche Schatten. O ihr dunklen Augen,
Die Lang mich anschaun im Vorübergleiten.
Guitarrenklänge sanft den Herbst begleiten
Im Garten, aufgelöst in braunen Laugen.
Des Todes ernste Düstenis bereiten
Nymphische Hände, na roten Brüsten Saugen
Verfallne Lippen und in schwarzen Laugen
Des sonnenjünglings Feuchte Locken gleiten.
Lamento
Sono e morte, as sombrias águias
Esvoaçam toda noite ao redor desta cabeça:
A vaga gelada da eternidade
engolindo a imagem dourada
Do homem. Em tenebrosos recifes
Despedaça-se o corpo purpúreo
E a voz grave lamenta-se
sobre o mar.
Irmã de amotinada melancolia
Olha, um barco receoso afunda-se
Sob estrelas,
Sob o rosto silencioso da noite.
Klage
Schlaf und Tod, die düstern Adler
Umrauschen nachtlang dieses Haupt:
Des Menschen goldnes Bildnis
Verschlänge die eisige Woge
Der Ewigkeit. Na schaurigen Riffen
Zerschellt der purpurne Leib
Und es klagt die dunkle Stimme
über dem Meer.
Schwester stürmischer Schwermut
Sieh ein ängstlicher kahn versinkt
Unter Sternen,Dem schweigenden Antlitz der Nacht.
Fonte: Casa de estudos Germânicos
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