domingo, 16 de março de 2008

O cerco

"Estamos todos cercados;

e o silêncio do sonho

é nossa arma sagrada:

as pistolas e as línguas de aço

dos inimigos brilham ao sol,

e eles gritam tanto

sobre as velhas colinas,

atrás das cegas estantes,

que sabemos de tudo;

e colados ficamos,

amamos e permanecemos."



Alberto da Cunha Melo - Poemas do livro O Cão de Olhos Amarelos & outros poemas inéditos. A Girafa Editora, 2006.

Fonte: Alberto da Cunha Melo

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